sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Tecnologia a Serviço da Educação em Saúde


A tecnologia pode influenciar e alterar nosso modo de
Vida. Pode determinar modificações significativas em diversos campos tais como o
social, o econômico e o ambiental. “A tecnologia é empregada
para controlar, transformar ou criar coisas ou processos naturais
ou sociais”

A Tecnologia pode influenciar e alterar o modo de vida da população e determinar modificações significativas nos campos social , econômico e ambiental.Segundo alguns autores a Tecnologia pode inclusive ser utilizada para “controlar, transformar ou criar coisas ou processos naturais ou sociais”.


O uso de Tecnologia em Saúde é controverso na medida em que pode se tornar um fim em si e dispender um grande volume de recursos financeiros. Entretanto o seu uso é crescente tanto pelas necessidades de mercado quanto pelos benefícios que ela incorpora nas diversas aplicabilidades relacionadas a cada atividade desempenhada.

Na saúde como um todo e mais especificamente na medicina, o uso continuado e crescente de novos recursos tecnológicos tem contribuído tanto nos procedimentos diagnósticos, como nos terapêuticos além de colaborar de forma decisiva nos processos educacionais - transmissão do conhecimento e no gerenciamento dos dados relacionados aos pacientes.

O uso de determinados recursos tecnológicos para transmissão de informações em saúde é bastante comum na medida em que várias ferramentas tecnológicas facilitam tanto a preparação , pesquisa e compilação de dados para elaboração de conteúdo , quanto propiciam os mecanismos de transmissão da mesma , bem como auxiliam na formatação da mensagem a ser transmitida. Quando se pretende utilizar recursos tecnológicos para transmissão de informações em saúde , algumas etapas devem ser cumpridas. 


Inicialmente é preciso selecionar cuidadosamente o conteúdo a ser transmitido inclusive, se possível, a análise do eventual impacto causado pela divulgação daquela informação.Em seguida deve-se definir os públicos entre os quais a informação será trocada.Essa transmissão pode ocorrer entre grupos de profissionais da mesma área de atuação , entre grupos de profissionais de áreas de atuação diferentes , entre profissionais e públicos de áreas técnicas , entre profissionais e públicos leigos , sem nenhum tipo de formação na área de saúde assim como a população em geral. 


Outra questão é procurar definir com clareza a questão do  tamanho da população que deverá receber a informação transmitida. Em termos gerais pode-se afirmar que , quanto maior a população alvo da mensagem , mais simples e objetivos devem ser os conteúdos e forma do que esta sendo transmitido.  

A informação em saúde têm na sua transmissão uma série de entraves que vão desde a dificuldade dos termos técnicos até a questão estrutural de na maior parte das vezes constituirem-se conhecimentos empíricos de difícil entendimento imediato sem um background adequado. Desta forma os recursos de Tecnologia da Informação podem ser utilizados tanto na constituição da metodologia de transmissão do referido conhecimento como na elucidação de conteúdos por si relativamente complexos.


O formato como essas informações são transmitidas também influenciam na percepção da mensagem.Filmes e animações eletrônicas têm maior possibilidade de serem assimilados do que textos lidos sem cobertura adequada de imagens.

Assim os métodos que se utilizam de multimídia com imagens , textos e filmes com animações gráficas elaboradas pelo computador podem descontruir rapidamente um grande volume de informações para que sejam reconstruidas no cérebro do leitor de forma organizada possibilitando entendimento claro da informação transmitida.

O filme acima é um bom exemplo da utilização adequada de recursos de tecnológicos para Educação em Saúde.Trata-se de uma explicação detalhada sobre as consequências da proliferação bacteriana na cavidade oral. As imagens são bastante corretas sob o ponto de vista científico e , ao mesmo tempo de fácil assimilação . A animação gráfica funde-se com a imagem real da boca com naturalidade e o texto tem um encadeamento compassado . A narração , feita através de uma voz feminina , possibilita entendimento claro das informações e é feita de forma tranquila porém firme , num leve estado de alerta.

O filme dura exatos 3 minutos e 17 segundos , um tempo que estimula o acompanhamento total da sua transmissão. Ao final , têm um viés comercial , com a apresentação dos patrocinadores mas de forma sutil desvincula o conteúdo principal com esta cena. Facilita a assimilação dos dois conteúdos.

Por fim, utiliza-se da divulgação através do You Tube criando um processo de marketing viral que deverá reproduzir a mensagem em grandes proporções. Poderá ser incorporada em blogs , ser veiculada nas redes sociais tipo Facebook, disseminar-se através do Twitter , dentre tantas outras opções. É importante ressaltar que esta estratégia de divulgação também pode ser considerada Tecnologia da Informação , na medida em que utiliza metodologias inovativas para disseminar conteúdos relevantes através de recursos altamente tecnológicos.

Pode ser utilizada em cursos palestras , ser reproduzida em qualquer local que tenha um notebook ou um personal computer. Ser carregada através de mídias como cd, dvd, pen drives ou ficar depositada na nuvem de informações que constitue hoje o arcabouço da rede global de informações.

Omar Taha

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Conselho Federal de Medicina Declara Luto Nacional !

 Em resposta a decisão judicial que suspendeu à liminar contra o ato administrativo da Secretaria de Direito Econômico o Conselho Federal de Medicina e os 27 Conselhos Regionais decretaram Luto Pela Saúde e emitiram uma nota de esclarecimento sobre a questão:

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O Conselho Federal de Medicina (CFM) e os 27 conselhos regionais de Medicina (CRMs) divulgaram nota nesta quinta-feira (4) na qual confirmam que as entidades recorrerão da decisão da Justiça que suspendeu os efeitos de medida liminar contra ato administrativo da Secretaria de Direito Econômico (SDE) em desfavor do movimento da categoria.
As entidades afirmam que “utilizarão todos os instrumentos e recursos possíveis no âmbito da Justiça no sentido de reverter a decisão do TRF”. A nota foi aprovada por unanimidade pelos 28 presidentes do CFM e dos CRMs, que passaram o dia reunidos em Brasília. No documento, eles apresentam seus argumentos e assumem o compromisso de buscar a melhora da assistência oferecida pelos planos de sáude. Confira abaixo a íntegra da nota de esclarecimento.

LUTO PELA SAÚDE
Nota de esclarecimento do CFM e dos CRMs

Com relação à recente decisão do Tribunal Regional Federal (TRF), que suspendeu liminar concedida pela Justiça Federal em favor do Conselho Federal de Medicina (CFM) contra medida administrativa proposta pela Secretaria de Direito Econômico (SDE), o CFM e os 27 Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) esclarecem aos médicos e à sociedade que:

1) Utilizarão todos os instrumentos e recursos possíveis no âmbito da Justiça no sentido de reverter a decisão do TRF;
2) Os motivos que geraram o ato administrativo da SDE inexistem, o que o torna desnecessário e abusivo;
3) O CFM nunca autorizou a cobrança de taxas extras para procedimentos e consultas, o que sempre foi proibido pelo Código de Ética Médica, documento anterior ao movimento médico ao qual a SDE se refere;
4) O CFM nunca puniu médicos que não participassem de movimentos da categoria;
5) A alegada orquestração para descredenciamentos em massa de médicos não procede, assim como não tem havido paralisação por tempo indeterminado das atividades de médicos vinculados às operadoras de planos de saúde;
6) O movimento médico brasileiro – coordenado por representantes de suas entidades nacionais e estaduais – tem buscado incessantemente o diálogo com as empresas da área de saúde suplementar com intuito de criar um cenário que melhore a assistência oferecida aos usuários;
7) Para as entidades médicas, as empresas têm visado a obtenção do lucro em detrimento da qualidade do atendimento, desvalorizando o trabalho do médico e a relação médico-paciente.

O CFM e os 27 CRMs se comprometem a buscar a reversão desse quadro, que afeta os 347 mil médicos brasileiros e cerca de 45 milhões de usuários dos planos de saúde, pois entendem que os argumentos em defesa dos direitos da sociedade e da Medicina são fortes e suficientes para mantê-los em estado de luta.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Médicos em Situação Difícil

O movimento em defesa profissional dos médicos no Brasil passa por um momento difícil. O juiz Daniel Paz Ribeiro, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), cassou a liminar que suspendia medidas do Ministério da Justiça para evitar segundo ele "práticas abusivas de médicos como o boicote a alguns planos de saúde". A decisão, divulgada esta semana foi tomada em julho.

O Conselho Federal de Medicina ainda não se posicionou com relação à esta decisão . Mas, de qualquer forma , representa um duro golpe contra o movimento dos médicos.

Isto porque , a partir da decisão, voltam a valer as medidas preventivas do governo que preveem multa de R$ 50 mil reais por dia caso o boicote volte a ser feito. Durante a paralisação realizada pelos médicos em 7 de abril deste ano, pacientes com consultas e procedimentos marcados não foram atendidos pelos convênios. eram atendidas como particular e deveriam buscar ressarcimento junto às operadoras. Somente casos de emergência eram tratados. 

Após a paralização, a Secretaria de Defesa Econômica do Ministério da Justiça pediu, no começo de maio, ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a condenação de três entidades de classe que representam os médicos por incitar os profissionais a adotar uma tabela única e deixou claro que práticas como a cobrança de valor extra para atendimento a pacientes de planos de saúde é irregular.

Organizadores do movimento, o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) foram as entidades que tiveram condenação recomendada e respondem a processo administrativo no Cade.

Após as medidas anunciadas pelo governo, as entidades conseguiram na Justiça uma liminar que suspendeu a proibição. Os representantes de classe alegaram que o ministério não teria competência para regular a área de saúde.


O argumento, no entanto, foi rebatido nessa sentença pelo juiz federal do TRF-1. Segundo o magistrado, “eventuais práticas abusivas”, devem ser coibidas pelo Ministério da Justiça. Entre essas práticas, o juiz citou a cobraça adicional sobre valor de consultas e os movimentos de paralisação dos serviços.

“[Essas práticas] não podem ficar à margem da atuação da SDE, porquanto podem trazer sérias repercussões na relação contractual estabelecida entre médicos, operadoras de saúde e usuários”, afirmou o juiz.

A Secretaria de Direito Econômico informou que não condenou a negociação coletiva entre médicos e convênios, mas afirmou não concordar com o movimento de paralisação no atendimento aos pacientes de planos de saúde.

Na prática, esta decisão representa um duro golpe contra o movimento dos médicos que reinvidicam a aplicação da CBHPM à nível nacional. A paralisação ocorrida foi considerada apenas um movimento de alerta e mesmo assim as decisões judiciais foram desfavoráveis.Neste momento , em que as lideranças médicas articulam nova paralisação será necessária  uma reavaliação das atitudes à serem adotadas frente à este revés.