sexta-feira, 18 de junho de 2010

O Bolso dos Médicos!

É incrível!

Mas é verdade....!

Você sabia que não nenhum item na legislação atual que possibilite aos médicos a atualização de honorários frente ao Sistema de Saúde Suplementar?

Isso mesmo, as operadoras de planos de saúde, inclusive as Cooperativas Médicas podem negociar a seu bel-prazer os valores de honorários médicos, aliás como fazem mesmo com tranquilidade.

Considere-se uma realidade onde os valores praticados ainda são os da antiga Tabela AMB 96 sem que a CBHPM tenha de fato sido implantada na realidade de pagamento dos convênios e operadoras.

Diante disso, o Conselho Federal de Medicina através do seu COMSU - Conselho de Saude Suplementar - resolveu espernear. E vê como última saída o descredenciamento....

Esse filme é antigo...

Mas a conjuntura é outra...!

Mesmo nos tempos das vacas "gordas" quando as planos de saúde ganhavam muito bem com a venda maciça de planos que eram pouco utilizados, mesmo assim nunca negociaram de forma amigável com os médicos.

Por um simples motivo: não era necessário! Se um médico não atendesse outro atenderia...

Bem, os tempos são outros. Mudaram. E pra pior!

As operadoras vivem um momento delicado com explosão da sinistralidade e pressão constante da Agência Nacional de Saúde que vêm implementando gradativamente novas regras e novos procedimentos que implicam em aumento substancial dos custos operacionais.

Em termos de honorários, na visão das operadoras , não há o que negociar. Se em público fazem um discursao de enaltecimento do trabalho médico, no particular não ligam muito para essa questão já que existe uma fila de curriculuns à disposição, todos profissoionais jovens, alguns até bem preparados, ávidos para adentrar o mercado de trabalho.

Veja o artigo divulgado pelo Conselho Federal de Medicina e Colégio Brasileiro de Radiologia sobre as providências que serão tomadas em relação ao caso.

E deixe seu comentário no final...

"A Comissão de Saúde Suplementar (Comsu) do Conselho Federal de Medicina (CFM) deve aprofundar a discussão e a mobilização em torno do reajuste dos honorários pagos aos profissionais que atuam em operadoras e planos de saúde em reunião ampliada com a Comissão de defesa e implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (AMB). Do encontro, previsto para 9 de julho, devem participar sindicatos médicos, associações, sociedades de especialidades e conselhos regionais de medicina.

O estabelecimento de critérios para reajuste anual dos médicos que prestam serviços às operadoras de planos de saúde foi apontado item prioritário para atuação da Comsu. Foi o que informou o coordenador do grupo, conselheiro Aloísio Tibiriçá Miranda (2º vice-presidente do Conselho), após reunião realizada nesta quinta-feira (17), em Brasília, com a participação de representantes da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e da Associação Médica Brasileira (AMB).

Para o representante da AMB na Comissão, Florisval Meinão, as entidades devem continuar sua mobilização em torno do tema e, ainda, cobrar um posicionamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “Devemos cobrar a omissão da agência nesse sentido”, frisa. Na avaliação do grupo, na legislação não há instrumentos que garantam ao médico que presta serviço às operadoras o reajuste anual de seus honorários, tornando-o elemento fragilizado do ponto de vista econômico e criando relações instáveis, que motivam descredenciamentos - o que prejudica o atendimento à população.

As entidades participam de um grupo de trabalho da ANS para tratar do tema, juntamente com a União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde, representante das seguradoras especializadas em saúde), da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) e da Unimed. Os participantes da reunião desta quinta-feira acreditam que somente com mobilização haverá ganhos para a categoria".

segunda-feira, 7 de junho de 2010

PET CT torna-se obrigatório

Mais um capítulo da novela Planos de Saúde X ANS: a partir de hoje (7 de junho 2010) 43,7 milhões de brasileiros deverão ter acesso à novos procedimentos médicos incluídos na cobertura obrigatória dos planos de saúde, dentre estes o PET - SCAN , exame de imagem que dentre outras características permite detecção precoce de tumores. Passa a vigorar o novo rol mínimo que as empresas devem ofertar para contratos assinados a partir de 1999.

Importante: a lista não impede o usuário de reivindicar tratamentos necessários e não incluídos. As novas coberturas, porém, trazem limitações. No caso do PET-scan, por exemplo, o exame só poderá ser usado para suspeita de linfoma e câncer pulmonar.

A inclusão destes 73 novos procedimentos obrigatórios não deve encerrar ainda o debate entre operadoras e consumidores sobre os valores e a extensão da cobertura dos planos.A ANS promete ficar atenta às novidades do mercado médico e , dependendo da necessidade e demanda, incluí-los como obrigatórios para os planos de saúde.

Por outro lado, as operadoras de planos têm uma série de reclamações.Alegam que terão prejuízos com as novas exigências, já que o governo só permitirá reajustes referentes aos novos procedimentos em 2011. A Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) entrou com ação na Justiça pedindo a suspensão do novo rol.

A entidade estima que as mudanças terão um impacto de 5,7% nas despesas das operadoras o que somado ao aumento constante da sinistralidade inviabilizará muitas dessas entidades. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) questiona. "Procedimentos mais modernos e menos invasivos podem ser mais caros que os anteriores, mas reduzem os gastos com internações", avalia Maíra Feltrin Alves, advogada do Idec.

Enquanto isso, os médicos vêem seus honorários bastante reduzidos, principalmente os cirurgiões e especialistas em diagnóstico por imagem.